Somos o centro de excelência em aprendizado e networking para Planejadores Financeiros Independentes.
Nós acreditamos que a carreira bem sucedida do Planejador Financeiro é pautada em 3 pilares: Técnico, Comportamental e Empreendedor. Com base nestes pilares, criamos a Academia de Planejamento Financeiro, que tem como objetivo transformar o propósito profissional em uma carreira rentável e sustentável.
Muitos profissionais olham para a carreira independente como uma alternativa ao trabalho dentro de uma instituição financeira, seja para transição, complementação de renda ou mesmo plano B em caso de demissão.
Para quem nunca trabalhou neste modelo, porém, existem várias inseguranças na busca pela autonomia: como conseguir clientes, qual o retorno financeiro ou ainda o momento de grandes incertezas na economia.
Por já ter feito essa transição em 2011, posso afirmar: NÃO ME ARREPENDO!
De qualquer forma, teria sim feito várias coisas diferentes. O intuito desse artigo é explicar a forma como eu teria feito essa transição com a cabeça e experiência que tenho hoje e, pra facilitar, dividi em 5 passos que seguiria na construção deste plano. Vamos a eles:
1. Quem você quer ser?
Existem muitas possibilidades de atuação para seguir uma carreira autônoma com foco nas finanças do cliente Pessoa Física:
– Planejador Financeiro
– Educador Financeiro
– Coach Financeiro
– Agente Autônomo de Investimentos
– etc…
Todas elas são profissões válidas, com formas de atuação e modelos de negócio diferentes.
Qual delas representa melhor a atuação que você quer? Você sabe a diferença entre elas?
Caso isso não esteja muito claro pra você, o 1º passo é uma boa pesquisa sobre cada uma para que consiga identificar onde seu perfil se encaixa melhor. Para ajudar, a continuação deste artigo falará bastante sobre o PLANEJADOR FINANCEIRO (que é o modelo onde atuo e mais faz sentido pra mim) e também já escrevi alguns artigos sobre a diferença com outros modelos como: Planejador Financeiro x Educador Financeiro e Planejador Financeiro x Agente Autônomo de Investimento (AAI)
Uma dica que posso deixar é: identifique seu propósito e veja qual é a profissão mais alinhada a ele. Cada vez mais, vemos grandes empreendedores de sucesso falando sobre como seguiram seu coração muito mais do que o consenso de mercado ou conselhos de amigos e familiares.
As opiniões de fora levarão em consideração a atividade que já se provou dando certo para a maioria e, portanto, seria a mais recomendada em termos “estatísticos”. A verdade é que todas as profissões têm grandes chances de sucesso e fracasso. O que diferencia um caminho do outro é o empreendedor, que vai precisar de muita motivação para superar os obstáculos. É exatamente nessa parte que o propósito entra: MOTIVAÇÃO. No momento em que você não tiver mais chefe para falar o que fazer, é a motivação que o levará adiante.
Eu comecei como Educador Financeiro, mas meu propósito estava muito mais voltado em me aprofundar nas particularidades de cada indivíduo ou família, que pudessem confiar no meu trabalho como um guia ou um “personal trainer das finanças”. Por isso, migrei meu modelo de negócio para o Planejamento Financeiro e aí sim minha história empreendedora começou a decolar.
2. Quanto quer ganhar?
Ninguém vive de amor à profissão. Inclusive, para ser uma profissão de longo prazo, ela precisa ser rentável e dar sustentação ao profissional para que consiga viver dela. Ainda mais como Planejadores Financeiros, sabemos da necessidade não só de manter as contas em dia, mas também investir o necessário para os projetos e longevidade.
E aí vem a grande questão: qual é o seu número? Quanto quer ganhar nessa nova atividade profissional?
Um parâmetro pode ser o salário que ganha no seu emprego CLT ou serviço público. Porém não espere que ganhar a mesma coisa em uma nova carreira será fácil e rápido, afinal:
– Quanto tempo estudou para ganhar o que ganha hoje?
– Quantos anos de experiência para saber fazer bem o que faz?
– Quantos “degraus” (promoções) teve que subir para chegar no atual patamar?
É natural imaginar que no começo (como em qualquer nova profissão) tenha que dar alguns passos pra trás. Mas será que não vale a pena o “sacrifício” temporário para viver daquilo que gosta? Não vale a pena o esforço para manter sua saúde mental em ordem?
Vale lembrar também que ter seu próprio negócio traz a possibilidade de ganhos bem maiores no longo prazo do que teria em qualquer emprego. Salário tem teto, lucro não.
Perceba que tem mais coisas subjetivas para levar em consideração. Por isso, esse número é seu e somente você consegue definir a meta que quer alcançar.
3. Entregável de valor
Você consegue deixar mais tangível o que entrega para o cliente?
Um desafio que enfrentamos na venda de serviço é fazer com que o cliente enxergue o valor naquilo que fazemos. Em um produto, é fácil entender porque ele deve ser pago: é algo palpável. O serviço não…
Uma forma que os PROFISSIONAIS utilizam para se diferenciar dos amadores, que dão dicas e não cobram nada por isso, é ter uma METODOLOGIA. Algo que faça o cliente entender que o trabalho é algo bem estruturado. E o mais importante: tem um entregável de valor. No caso do Planejador Financeiro, por exemplo, um Plano Financeiro em forma de relatório se encaixa bem nessa demanda.
Ter uma METODOLOGIA que gere um entregável de valor trará muito mais clareza para o cliente sobre a necessidade de pagar pelo seu serviço. E não só para o cliente! Para você também, ter orgulho do seu entregável fará com que se valorize muito mais e confie no preço que cobra.
4. Modelo de Negócio
O próximo passo é fazer disso um negócio preparado não só para atender “meia dúzia” de clientes, mas sim que seja sustentável no longo prazo e possa impactar centenas ou milhares de famílias.
São diversas variáveis que precisam ser decididas e equilibradas para que o negócio pare em pé. Caso queira entrar em mais detalhes sobre quais são estas variáveis, temos este eBook para download: As 10 variáveis determinantes para um Modelo de Negócio rentável e sustentável do Planejador Financeiro Independente
A primeira variável que precisa verificar é: quem paga pelo seu entregável de valor? Quem é seu público-alvo? Provavelmente e principalmente no início, irá impactar mais aqueles que estão sofrendo com problemas que você já resolveu na sua vida particular ou ajudou outras pessoas a resolverem.
A partir dessa base, começa sua modelagem. Seu negócio será para atender muitos clientes ou será para uma base pequena (nicho bem específico)? Seu modelo prevê recorrência no atendimento? Precisará de ajuda no backoffice? Não existe certo ou errado, mas sim o que cada empreendedor quer para si.
Tendo em vista todas estas informações, faça projeções realistas para verificar se o negócio realmente atenderá suas expectativas de ganhos conforme falamos no item 2. Se não, ainda na fase de projeto é fácil fazer os ajustes.
5. Diferenciais
Tudo pronto para se lançar no mercado de forma independente? Agora é a hora de realmente testar se conhece seu negócio: quais são seus diferenciais? Por que alguém deveria te contratar? Se essa resposta não estiver clara para você, melhor voltar aos itens anteriores e rever seu modelo.
No mercado independente, não existe mais uma grande marca que você represente e facilite sua venda (como acontece quando trabalhamos em uma grande empresa). Agora você é a sua marca! E os seus resultados falarão por si.
Mas vale a pena tanto trabalho para construir uma carreira independente?
O que faz mais sentido para você: trabalhar uma vida inteira em algo que não traz satisfação ou lutar para que todos os seus dias reflitam aquilo que você acredita?
Além disso, quem chega primeiro bebe água limpa. O mercado de Planejamento Financeiro ainda é um Oceano Azul (referência ao livro “A Estratégia do Oceano Azul” de W. Chan Kim e Renée Mauborgne).
Em um momento de tantas incertezas no mercado de trabalho, deveria ser obrigatório pensar em um plano B. Para quem ainda depende de um salário no final do mês, é importante ter consciência sobre a falsa segurança que isso traz. Muitos acabam aprendendo da pior maneira que seus empregos não são tão seguros quanto imaginavam.
Que tal se preparar para não depender de uma única fonte, mas sim de uma rede de clientes que indicam seu trabalho? Essa sim é a real segurança de quem encara o desafio inicial e constrói uma base realmente sólida para sua carreira profissional
Atua como Planejador Financeiro Independente desde 2012. Fundador do portal de conteúdo QI Financeiro e sócio da GFAI. Atuação por mais de 6 anos em Tesouraria de banco internacional e MBA em Derivativos pela BM&FBovespa. Co-fundador da Academia GFAI